INTERVENÇÃO AFROFUTURISTA: EXPERIÊNCIAS EM UM CURSINHO POPULAR NA CIDADE DE ITAQUAQUECETUBA

Autores

  • Alisson Felipe Moraes Neves Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo
  • Luís Paulo de Carvalho Piassi Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo

Palavras-chave:

Afrofuturismo, Cursinho Popular, Structural Racism, Eurocentrismo.

Resumo

A presente pesquisa visa relatar uma experiência educacional em que se utilizou o movimento de ficção científica Afrofuturismo como um instrumento de reflexão crítica sobre as preconcepções impostas pela estrutura social racista e eurocêntrica (ALMEIDA, 2019; SOUZA; PAIM, 2019), bem como seus reflexos na presença de negros e negras nos âmbitos científicos, acadêmicos e tecnológicos. Com tal prerrogativa, o escopo das intervenções utilizou a temática sob a ótica do escritor brasileiro Fábio Kabral (2018, 2019). Assim, foram realizadas duas intervenções na Associação “Vestibulandos da Cidadania”, um cursinho popular pré-vestibular na cidade de Itaquaquecetuba. Aplicando a metodologia de roda de conversa (MELO; CRUZ, 2014), que emprega o diálogo e as interações como meios para incitar o debate e o pensamento crítico, aproximando os jovens das questões sociais a partir de artefatos culturais e midiáticos (PIASSI et al, 2018). Sendo mais presente, nesse caso, a ficção científica, pois possibilita uma melhor absorção de conceitos (PIASSI, 2015). Considerou-se interessante promover intervenções no contexto do cursinho popular por conta de seu caráter crítico, uma vez que trabalha a problemática das desigualdades no acesso ao ensino superior (PEREIRA; RAIZER; MEIRELLES, 2010). Ao final da pesquisa, os estudantes se demonstraram interessados na proposta e interagiram com questionamentos e dúvidas, debatendo sobre as problemáticas trazidas pelos impactos do eurocentrismo e do racismo estrutural.

Biografia do Autor

Alisson Felipe Moraes Neves, Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo

Bacharelando em Gestão de Políticas Públicas pela Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH/USP). Participa do grupo de pesquisa INTERFACES - Interfaces e Núcleos Temáticos de Estudos e Recursos da Fantasia nas Artes, Ciências, Educação e Sociedade. E-mail: alissonmoraes@usp.br.

Luís Paulo de Carvalho Piassi, Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo

Professor Titular da EACH/USP. Doutor em Educação pela Faculdade de Educação da USP. Livre-Docente em Artes, Cultura e Lazer pela EACH/USP (2012). É líder do grupo de pesquisa INTERFACES - Interfaces e Núcleos Temáticos de Estudos e Recursos da Fantasia nas Artes, Ciências, Educação e Sociedade e do projeto Banca da Ciência. E-mail: lppiassi@usp.br.

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Publicado

2021-10-29

Edição

Seção

Artigos