SAÚDE MENTAL DO(A) TRABALHADOR(A) E ECONOMIA SOLIDÁRIA: UMA ANÁLISE DAS RELAÇÕES DE TRABALHO E RECONHECIMENTO SOCIAL NO EXTREMO SUL CATARINENSE

Workers mental health and solidarity economy: An analysis of work relationships and social recognition in the far south of Santa Catarina state.

Autores

  • Caroline Jacques Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC
  • Lauren Marfil Marins Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC
  • Dimas de Oliveira Estevam Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC

Palavras-chave:

Economia Solidária. Reconhecimento. Saúde Mental. Inclusão Social.

Resumo

A economia solidária (ES) é um movimento social cuja trajetória reflete as lutas históricas dos(as) trabalhadores(as) aos processos de alienação e exploração do trabalho. Por isso, a ES configura-se como uma alternativa geradora de trabalho, renda e inclusão social, envolvendo diversas práticas econômicas e sociais, através do trabalho colaborativo, exercido em funções de produção, troca, prestação de serviços, consumo solidário e comércio justo. Embora a ES esteja inserida no sistema social mercantil individualista, suas práticas acontecem através de relações sociais diretas, em que o(a) produtor(a) exerce contato direto com o(a) consumidor(a), através de cadeias curtas de produção e consumo, criando laços solidários entre os(as) atores sociais. Com base nos princípios da ES, na Unesc (Universidade do Extremo Sul Catarinense), em 2010, foi criada a Feira de Economia Solidária (FES/Unesc), numa iniciativa de professores(as) e acadêmicos(as) vinculados(as) ao Programa de Ações em Economia Solidária (PAES). Desta forma, o artigo busca compreender as relações existentes entre o reconhecimento, saúde mental e as relações de trabalho no cotidiano dos(as) trabalhadores(as) da FES/Unesc. Tendo como objetivo investigar como os(as) participantes enfrentam suas dificuldades no que se refere à saúde mental, como esses desafios impactam os espaços de comercialização e quais são as motivações que movem suas ações. Como procedimentos metodológicos foram entrevistados(as) 09 dos/as 17 feirantes da FES/Unesc, por meio de um roteiro com perguntas abertas, durante o primeiro semestre de 2022. Conclui-se que por meio da ES e pelo modo diferenciado de trabalho e obtenção de renda tem sido capaz de promover mudanças positivas no cotidiano, no bem-viver, na qualidade de vida, na saúde coletiva, no reconhecimento e a autorrealização dos/as feirantes(as).  

Biografia do Autor

Caroline Jacques, Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC

Doutora em Sociologia Política. Docente na Universidade do Extremo Sul Catarinense.

Lauren Marfil Marins, Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC

Graduanda em Medicina. Bolsista de Extensão. 

Dimas de Oliveira Estevam, Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC

Doutor em Sociologia Política. Docente do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Socioeconômico da Unesc

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Publicado

2024-01-15

Edição

Seção

Artigos