O presente estudo visa analisar as dinâmicas e metas da Insígnia Mundial do Meio Ambiente (IMMA) como possíveis promotoras de uma educação para a ecojustiça para adolescentes do Movimento Escoteiro. Este trabalho parte da premissa de repensar a relação com o meio ambiente, destacando a crise climática e a necessidade de uma consciência socioambiental fundamentada em questões socioeconômicas e políticas. A ecojustiça é uma abordagem abrangente que vai além da educação ambiental tradicional, analisando as relações de poder na distribuição de impactos ambientais e enfatizando a participação e o diálogo com comunidades afetadas. O Escotismo é um movimento de educação não-formal, fundamentado em princípios éticos e morais, que promove o aprendizado prático na natureza por meio do Método Escoteiro. Com preceitos semelhantes abordados na ecojustiça, o Movimento Escoteiro propõe um método educativo para crianças e adolescentes, baseado no "aprender fazendo" e no contato com o meio ambiente. Foram realizadas duas atividades adaptadas ao contexto da pandemia. Os resultados revelam o engajamento dos jovens em discussões sobre temas socioambientais, mesmo diante de desafios virtuais, podendo indicar a IMMA como um instrumento eficaz para fomentar reflexões éticas e morais, evidenciando entendimentos sobre ecojustiça entre os participantes. Embora a Parte B da IMMA não tenha sido realizada, conclui-se que os jovens trazem reflexões críticas e conscientes em relação às questões ambientais. O trabalho destaca ainda a transição da IMMA para outras insígnias, apontando para futuras análises sobre seu impacto na formação de crianças e adolescentes.
Biografia do Autor
Alisson Felipe Moraes Neves, Universidade de São Paulo
Mestrando no Programa de Pós-graduação em Sustentabilidade (PPgSUS) da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH/USP) e Bacharel em Gestão de Políticas Públicas pela EACH/USP.
Gabriela Rodrigues de Oliveira Bortoleto, Western University
Mestranda no Programa Critical Policy, Equity and Leadership Studies (CEPLS) pela Western University, Pós-graduada em História Afro-brasileira e Indígena pelo Centro Universitário Internacional (UNINTER), Licenciada em Pedagogia pela Universidade Paulista (UNIP) e Bacharel em Comunicação Social pela Faculdade de Artes Alcântara Machado (FIAM-FAAM).
Luís Paulo de Carvalho Piassi , Universidade de São Paulo
Professor livre-docente da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo.
