AUSÊNCIA E PALAVRA NA TESSITURA DE “TODOS LOS VERANOS”, DE HAROLDO CONTI, E “A TERCEIRA MARGEM DO RIO”, DE GUIMARÃES ROSA

Autores

  • Giseli Cristina Tordin Unicamp

Resumo

Neste artigo, procuramos apresentar expor alguns pontos de contato entre as narrativas “Todos los veranos”, de Haroldo Conti, e “A terceira margem do rio”, de João Guimarães Rosa, por meio dos quais seja possível entender a partir das diferentes nuances dos narradores de que forma os contos apreendem a figura do pai. A intenção é discutir elementos preponderantes em torno da memória e da ausência, os quais estão envolvidos no esforço dos filhos-narradores em manter e relembrar suas origens. Nestes contos, os narradores parecem constituir-se como sujeitos tendo o pai como modelo, i.e., um exemplo a ser seguido ou, pelo menos, entendido. Para tanto, eles precisam lidar com o silêncio, com a distância e com a loucura. Estes obstáculos só podem ser transcendidos pelas diferentes estratégias dos filhos na busca do indecifrável.

Biografia do Autor

Giseli Cristina Tordin, Unicamp

Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Teoria e História Literária, do Instituto de Estudos da Linguagem (IEL), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

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Publicado

2010-05-06