EXPLORANDO CONVERGÊNCIAS ENTRE A PERSPECTIVA WITTGENSTEINIANA DE LINGUAGEM E A PRÁTICA EXPLORATÓRIA
Palavras-chave:
Filosofia da Linguagem, Ensino de Línguas, Conceito de Entendimento, Wittgenstein, Prática ExploratóriaResumo
RESUMO: Este trabalho explora convergências entre os discursos da filosofia do segundo Wittgenstein e da Prática Exploratória (Allwright, 1999, 2006), buscando evidenciar a relevância dessas relações para a prática pedagógica a partir de uma perspectiva de linguagem não-representacionista, dando especial destaque ao conceito de entendimento. Segundo os princípios gerais da Prática Exploratória, o pesquisador-participante defronta-se com o desafio de (re)construir o entendimento de uma dada situação em sala de aula. Assim, apostamos na convergência entre essa premissa fundamental da Prática Exploratória e a noção wittgensteiniana de entendimento, concebido como capacidade: mostrar que se compreendeu algo na esfera de um determinado jogo de linguagem implica em saber dar o lance seguinte nesse jogo. A abordagem de um fenômeno tão complexo e multifacetado como a aprendizagem requer uma multiplicidade de enfoques, o que torna o diálogo entre a PE e a visada wittgensteiniana um caminho promissor nesse sentido. ABSTRACT: This research draws a parallel between the later philosophy of Ludwig Wittgenstein and the discourse of Exploratory Practice, focusing primarily on the concept of understanding on both perspectives. The radical anti-essentialist view of language expressed by Wittgenstein underlies contemporary linguistic theories and contrasts markedly with a long-established philosophical tradition, which assumes that the meaning of a word is its referent in the world. Exploratory practice also challenges pedagogical tradition by stating as its major goal understanding life in the language classroom. The dialogue between these two perspectives seems to be a fruitful one, and might shed light on research on language learning.Downloads
Publicado
2008-11-05
Edição
Seção
Artigos