Recepção de Odorico Mendes: (a)casos de crítica de tradução no séc. XIX

Autores

  • Brunno V. G. Vieira Universidade Estadual Paulista

Palavras-chave:

Odorico Mendes. Língua clássica. Poesia.

Resumo

Este artigo pretende compendiar testemunhos sobre a recepção das traduções greco-romanas de Manoel Odorico Mendes por seus contemporâneos. Alguns dos mais célebres literatos lusófonos do século XIX – entre os quais Joaquim Manoel de Macedo, Gonçalves Dias e Antônio Feliciano de Castilho – deixaram seus comentários sobre o trabalho de Mendes, o mais produtivo e controverso tradutor brasileiro do período. O estudo desse corpus oferece registros preciosos de crítica de tradução que poderão constituir evidências de práticas e métodos tradutórios correntes em um dos períodos em que mais se produziram traduções poéticas da literatura da Antiguidade.

Referências

ALENCAR, J. DE. O vate bragantino. In: ________. Obra completa. Rio de Janeiro: Aguilar, 1960. Vol. IV, p. 983-1007.

ASSIS, M. de. Obra completa em quatro volumes. Organizada por A. Leite Neto, A. L. Cecilio e H. Jahn. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2008. Vol. 4, Crônica.

CAMPATO Jr., J. A. A confederação de Magalhães: epopeia e necessidade cultural.In: TEIXEIRA, I. (Org.) Épicos: Prosopopeia, O Uraguai, Caramuru, Vila Rica, A confederação dos Tamoios, I-Juca-Pirama. São Paulo: Imprensa Oficial, 2008. p. 829-845.

CASTILHO, A. F. Carta ao livreiro Antônio Maria Pereira. In:_______. Novas telas literárias. Lisboa: Livraria Moderna, 1908. p. 29-101.

CHAGAS, M. P. Virgílio e Castilho. In: ______. Novos ensaios críticos. Porto: Casa da Viúva Nore Ed., 1867. p. 116-135.

CORRÊA, I. E. J. Bernardo Gimarães, crítico de Gonçalves Dias. In: MELLO, C. M. M.; CATHARINA, P. P. G. F. (orgs.) Crítica e movimentos estéticos: configurações discursivas do campo literário. Rio de Janeiro: 7Letras, 2006. p. 83-104.

DIAS, A. G. Correspondência ativa de Antônio Gonçalves Dias. Anais da Biblioteca Nacional, vol. 84, 1964 [1971], p 9-418.

DIAS, A. G. Obras poéticas de A. Gonçalves Dias. Texto estabelecido e anotado por Manuel Bandeira. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1944. 2 volumes.

FIGUEIREDO, B. Juízo sobre a Eneida Brasileira. O instituto, vol. 4, n.o 19, 1856, p. 231-2.

FILINTO ELÍSIO. Obras completas de Filinto Elísio. Ed. F. Morais. Braga: APPACDM, 1998. Vol. 1.

FRANCHETTI, P. O triunfo do Romantismo: indianismo e estilização épica em Gonçalves Dias. In: TEIXEIRA, I. (Org.) Épicos: Prosopopeia, O Uraguai, Caramuru, Vila Rica, A confederação dos Tamoios, I-Juca-Pirama. São Paulo: Imprensa Oficial, 2008. p. 1097-1130.

HOMERO. Odisseia. Trad. de Odorico Mendes e ed. de A. M. Rodrigues. São Paulo: Ars Poetica/EDUSP, 1992. p. 11-4.

LACOMBE, A. J.(ed.). Cartas de Manoel Odorico Mendes.Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Letras, 1989.

LEFEVERE, A. Tradução, reescrita e manipulação da fama literária. Trad. de C. M. Seligmann. Bauru (SP): EDUSC, 2007.

LISBOA, J. F. Manoel Odorico Mendes. Revista contemporânea de Portugal e Brasil, vol. IV, abril de 1862 [1864], p. 329-53.

MACEDO, J. M. Discurso. Revista do Instituto Histórico-Geográfico Brasileiro, tomo XXVII, parte segunda, 1864, 404-40.

MAGALHÃES, D. J. G. de. A confederação dos Tamoios. Rio de Janeiro: Dous de Dezembro, 1856.

MAGALHÃES, D. J. G. de. Os indígenas do Brasil perante a História. Revista do Instituto Histórico-Geográfico Brasileiro, tomo XXIII, primeiro trimestre, 1860, 3-111.

MASSA, Jean-Michel. A biblioteca de Machado de Assis. In: JOBIM, J. L. (Org.). A biblioteca de Machado de Assis. Rio de Janeiro: ABL/Topbooks, 2001. p. 38-40.

OLIVEIRA, J. Q. de. Homero brasileiro: Odorico Mendes traduz a épica clássica. Nuntius Antiquus (UFMG), vol. VII, n. 2, jul.-dez. 2011.

PAES, J. P. A tradução literária no Brasil. In: ______. Tradução a ponte necessária, aspectos e problemas da arte de traduzir. São Paulo: Ed. Ática, 1990.

PAGANO, A. S. Tradução e visibilidade: a teorização sobre o processo tradutório no Brasil do século XIX. In: MILTON, J.; AUBERT, F. H. Anais do VI Encontro Nacional de Tradutores: integração via tradução. São Paulo: Humanitas, 1998. p. 11-21.

REIS, F. S. dos. Curso de Literatura Portuguesa e Brasileira. São Luís: [*],1868. Vol. 4.

REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO-GEOGRÁFICO BRASILEIRO. Tomo XVII (3.a série n.o 16), 4.o trimestre de 1854.

ROMERO, S. Manoel Odorico Mendes (1799-1864). In: ______. História da literatura brasileira. 5.a ed. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1953. Tomo III. p. 792-800.

SANT’ANNA, B. C. L. A imprensa romântica de língua portuguesa: uma leitura comparativa entre os periódicos O Panorama (1887-1868) e Guanabara (1849-1856). 2002. Dissertação (Mestrado em Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa). Universidade de São Paulo. Volume III, p. 124.

SILVA, I. F. Dicionário bibliográfico português. Lisboa: Imprensa Nacional, 1870. Tomo IX.

SILVA, José Bonifácio de Andrada e. Poesias de Américo Elísio. Rio deJaneiro: Impresna Nacional, 1946.

TAUNAY, A. A formação intelectual de D. Pedro II. Revista do Instituto Histórico-Geográfico, Tomo XCVIII (n. 152), 1928, p. 886-893.

VEIGA, C. Um brasileiro soldado de Napoleão. São Paulo: Ática, 1979.

VIEIRA, B. V. G. Filinto Elísio, tradutor de Lucano: estudo introdutório, edição crítica e notas de uma versão da Farsália (I 1-227). Nuntius Antiquus, nº 1, 2008, p. 1-19.

VIRGÍLIO. Eneida. Trad. e notas M. O. Mendes, apresentação de A. M. Rodrigues, estabelecimento do texto, notas e glossário L. A. Cabral. Cotia: Ateliê/Campinas: Editora da Unicamp, 2005.

VIRGÍLIO. Eneida. Trad. J. V. Barreto Feio e J. M. da Costa e Silva; Ed. P. S. Vasconcellos. São Paulo: Martins Fontes, 2004.

VIRGÍLIO. Eneida brasileira ou tradução poética de Públio Virgílio Maro. Intr., trad. e notas de M. O. Mendes. Paris: Rignoux, 1854.

VIRGÍLIO. Eneida brasileira ou tradução poética de Públio Virgílio Maro. Trad. de M. O. Mendes e organização de Paulo Sérgio de Vasconcellos et al. Campinas: Editora da UNICAMP, 2008.

VIRGÍLIO. Eneida portuguesa. Trad. João Franco Barreto. Lisboa: Of. de A. V. da Silva, 1763.

VIRGÍLIO. Virgilio Brazileiro ou traducção do poeta latino.Intr., trad. e notas de M. O. Mendes. Paris: Na Typographia de W. Remquet, 1858.

YEE, R. S. Odorico Mendes, o manuscrito da Ilíada e diversas facetas da atividade tradutória. 2011, 128f. Dissertação (Mestrado em Estudos da Tradução). Universidade Federal de Santa Catarina.

Downloads

Publicado

2013-02-25

Edição

Seção

Artigos