A CIÊNCIA SEM MANCHETES: UMA ANÁLISE DO JORNAL DA CULTURA NO PERÍODO PRÉ-COVID 19
Autores
Rafael Martins Revadam
Universidade Estadual de Campinas
Resumo
Utilizando o Jornal da Cultura como objeto de estudo, este artigo tem como objetivo identificar qual era o espaço das narrativas científicas no período pré-covid-19, no qual a ciência não tinha um peso factual diário na visão da imprensa. A análise buscou medir quais foram os temas mais abordados pelo produto jornalístico, as editorias em que a ciência mais apareceu, o tempo ocupado em cada telejornal, as fontes entrevistadas e os comentaristas que repercutiram os conteúdos voltados às questões acadêmicas. Além das inúmeras mudanças nas tratativas de saúde e no convívio social, a chegada da pandemia da covid-19 também afetou a forma de se noticiar sobre ciência, potencializando espaços que abordassem as descobertas virais, o desenvolvimento de vacinas, as eficácias de medicamentos, além de um aumento significativo no número de estudiosos que se colocaram à disposição da imprensa. Entretanto, para se mensurar o quanto o jornalismo televisivo se apropriou da ciência e modificou sua forma de idealização, é necessário olhar para a produção midiática antecessora à pandemia, com o objetivo também de se questionar se tais mudanças seguirão com o fim do período pandêmico.
Biografia do Autor
Rafael Martins Revadam, Universidade Estadual de Campinas
Jornalista, pós-graduado em jornalismo científico pela Unicamp e mestrando em divulgação científica e cultural pelo Labjor/Unicamp;