Este trabalho propõe compreender o papel de vanguarda na cobertura do Caderno Ilustrada, do jornal Folha de S. Paulo, sobre o movimento artístico da Vanguarda Paulista com o objetivo de identificar a estética vanguardista como elemento de leitura na narrativa jornalística. Este estudo também pretende apresentar a vanguarda artística do início do século XX e suas influências analisando duas peças jornalísticas: a primeira de 1980 e a segunda de 1984, reportagens em imagens de arquivo da Ilustrada avaliando a linguagem utilizada e os recursos visuais e gráficos. O teórico para fundamentar esta análise é Zigmunt Bauman (1998 e 2012), que na era pós-moderna identifica a falta de espaço da vanguarda artística frente à fragmentação da cultura e das artes. No entanto, não é o que se percebe na Ilustrada e na arte contemporânea. Ao avaliar brevemente o conteúdo da Ilustrada identificamos a pluralidade de temas e de colaboradores, da linguagem estética e da diversidade gráfica e editorial. Assim como, a nova estética musical da Vanguarda Paulista, uma efervescência artística e cultural, que ocorreu entre 1979 e 1985. Este estudo aponta a transversalidade dos Estudos Culturais (HALL, 2003) que engloba a globalização, a fragmentação e a mídia na padronização da cultura (HALL, 2006). A metodologia é baseada na Análise de Conteúdo (BARDIN,1977), de forma qualitativa.
Biografia do Autor
Luciana Martins de Souza, Universidade Estadual de Campinas
Pesquisadora do curso de Mestrado em Divulgação Científica e Cultural no Laboratório em Estudos Avançadosem Jornalismo - Labjor, no Instituto de Estudos da Linguagem (IEL) na Universidade Estadual de Campinas.Graduada em Comunicação Social - Jornalismo e Publicidade e Propaganda. Experiência em: Assessoria deImprensa, edição de texto e imagem; jornalismo digital, livro-reportagem e revista.