VIGILÂNCIA E MONITORAMENTO NA ERA DA INTERNET DAS COISAS: UM OLHAR SOBRE O “PARADOXO DA PRIVACIDADE”

Autores

  • Quezia Salles Cabral Viana Universidade Estadual de Campinas
  • Guilherme Cavalcante Silva Universidade Estadual de Campinas

Palavras-chave:

Vigilância, Internet das Coisas, Paradoxo da privacidade.

Resumo

Pesquisas apontam que o Brasil pode ter 100 milhões de objetos conectados até 2025, o que implica em um acúmulo de dados e formas de vigilância cada vez mais amplas, afinal os objetos conectados vão desde eletrodomésticos e carros a roupas, sapatos e acessórios (MAGRANI, 2018). Ao mesmo tempo em que as problemáticas acerca das dinâmicas de monitoramento são trazidas a lume e preocupam parte dos usuários, é interessante notar, todavia, que pouco tem sido feito em um senso individual com relação à proteção dos dados pessoais, em um fenômeno recentemente nomeado de “paradoxo da privacidade” (BARTH; DE JONG, 2017). Tendo isso em vista, este trabalho busca discutir questões de vigilância e monitoramento na era da Internet das Coisas, em relação ao paradoxo da privacidade, tendo como recorte uma survey realizada com um grupo de estudantes universitários do Centro Universitário Adventista de São Paulo, campus Engenheiro Coelho. Com isso, a pesquisa procura tratar das seguintes questões: como estudantes universitários reagem às questões de vigilância e monitoramento que a emergência de objetos conectados suscita? Está a maioria dos alunos preocupada com a privacidade a ponto de adotar medidas necessárias para resguardá-la? Em que proporção o paradoxo da privacidade está presente em suas rotinas? Para caminhar neste sentido, é preciso entender primeiramente quais as relações entre as práticas de vigilância na era da Internet das Coisas e a interferência de tais práticas no cotidiano de tais estudantes, em modos que se presume estarem entrelaçados a formas de poder, controle e manipulação.

Publicado

2020-06-25

Edição

Seção

Artigos