O PESSOAL É POLÍTICO: ROMPER COM O INDIZÍVEL POR MEIO DE UMA RÁDIO

Autores

  • Fabiana de Oliveira Benedito Universidade Estadual de Campinas

Palavras-chave:

memória, lesbianidade, comunicação, HumedaLes, América Latina.

Resumo

Ao menos desde a década de 1960, há um esforço sistemático de autoras e militantes feministas em “romper com o tabu da heterossexualidade” (FALQUET, 2012), encarar de modo mais crítico a chamada heterossexualidade compulsória e fazer dos seus afetos cada vez mais políticos. Este esforço passa por caminhos diversos e às vezes tortuosos, inclusive de rupturas e tensionamentos com outros movimentos políticos e sociais, e tem entre seus desafios a elaboração de uma memória coletiva das experiências lésbicas, enfrentando a invisibilidade. Parte deste esforço teórico e político é justamente o de promover um rompimento com o “indizível”, como nomeia Adrienne Rich (RICH, 1983). Compartilhando destas formulações e críticas, esta comunicação pretende refletir sobre a experiência da Radio HumedaLes como uma ferramenta de pluralização da cultura lesbiana e de resistência contra a lesbofobia, em suas manifestações diversas. Esta reflexão será feita a partir de pesquisa bibliográfica e de entrevistas semiestruturadas com integrantes da rádio. Para isso, proponho utilizar textos de duas obras – La hermana, la extranjera(LORDE, 2003 [1984]) e Sobre mentiras, secretos y silencios(1983) - e os ensaiosHeterossexualidade compulsória e existência lésbica(RICH, 2010 [1980]) e Romper com o tabu da heterossexualidade: contribuições da lesbianidade como movimento social e teoria política(FALQUET, 2012).

Biografia do Autor

Fabiana de Oliveira Benedito, Universidade Estadual de Campinas

Mestranda em Divulgação Científica e Cultural, no Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo, da Universidade Estadual de Campinas.

Publicado

2020-06-25

Edição

Seção

Artigos