Neste trabalho busco revisar dez anos de atividades de conscientização pública sobre os prejuízos causados pela poluição luminosa e de divulgação sobre maneiras de controlá-la. Estas atividades incluem palestras e eventos para diversos públicos, preparação de material impresso, manutenção de um blog, atendimento a jornalistas, tentativas de articular políticas públicas para regulamentação da iluminação, tanto a nível municipal quanto nacional, pesquisas sobre como salvaguardar o céu noturno enquanto patrimônio natural e ações de monitoramento quantitativo da iluminação artificial em áreas selecionadas. Entre os problemas enfrentados, estão a pouca mobilização de profissionais em torno da divulgação do tema, a falta de avaliação adequada das atividades de divulgação científica e o fato de que a própria humanidade tem recusado a noite ao naturalizar cada vez mais o uso excessivo da iluminação artificial para estender as horas de atividade.
Biografia do Autor
Tania Pereira Dominici, Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST/MCTIC)
Bacharel com habilitação em pesquisa básica em Física, Mestre e Doutora em Astrofísica pela Universidade de São Paulo, com pós-doutorado na Universidade de São Paulo (IAG/USP), no Centro de Astronomia e Astrofísica da Universidade de Lisboa (CAAUL, Portugal) e no Laboratório Nacional de Astrofísica (MCTI/LNA). Possui especialização em Divulgação Científica pelo Núcleo José Reis. Pesquisadora Associada do MCTIC, atualmente na Coordenação de Museologia do Museu de Astronomia e Ciências Afins (MCTI/MAST).