DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA EM ASTRONOMIA PARA CRIANÇAS SURDAS: APROXIMAÇÕES COM ESCOLAS BILÍNGUES POR MEIO DO PROGRAMA BANCA DA CIÊNCIA
Autores
Virgínia Gaiba França
Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (EFLCH) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)
Érica Aparecida Garrutti de Lourenço
Emerson Izidoro dos Santos
Palavras-chave:
Divulgação Científica, Ensino de Astronomia, Educação Infantil, Surdos.
Resumo
A Banca da Ciência (BC) é um programa de extensão interinstitucional em divulgação científica (DC) baseado no uso de materiais didáticos lúdicos de baixo custo (PIASSI; SANTOS; VIEIRA, 2017) e um Espaço de Educação Não-Formal (MARANDINO, 2008). Em Guarulhos-SP, por meio do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), graduandos em Pedagogia da Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) têm atuado como mediadores na BC na DC em escolas, instituições e eventos com público-alvo versátil como exemplo a Escola Pública Municipal Bilíngue Sophia Fantazzini Cecchinato que possui duas turmas multisseriadas bilíngues (Libras/Português) de crianças surdas e que é uma destas escolas-campo. Considerando que existem poucos trabalhos de pesquisa na interface entre o Ensino de Ciências e a Educação Especial/Inclusiva no Brasil (OLIVEIRA; MELO; BENITE, 2012) e, portanto, sobre a divulgação científica para o público surdo e partindo da perspectiva sociocultural de Vygotsky (1896-1934) de forma a favorecer as crianças surdas (GOLDFELD, 1997) serão discutidas quatro intervenções realizadas em duas turmas bilíngues, mediadas em Libras, sobre dois temas de Astronomia: “dia e noite” e “rotação”. A partir dessas intervenções destacamos três aspectos do processo de DC para esse público: o planejamento de ações de DC que tenham como foco particularidades desse público; o conhecimento da Libras para a comunicação com esse público específico; e as contribuições da divulgação no tema Astronomia em articulação com o projeto da escola e de suas turmas bilíngues. Espera-se que, com a continuação dessas ações, os mediadores da BC adquiram conhecimento para abordar Astronomia, pensando especificamente no público surdo, assim como que as crianças surdas dessa escola tenham acesso às ideias desta temática, compreendendo alguns fenômenos como os movimentos da Terra que serão discutidos ao longo deste ano letivo e dos próximos.
Biografia do Autor
Virgínia Gaiba França, Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (EFLCH) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)
Formada em Ciências Biológicas pela Universidade de São Paulo (USP), nas modalidades Bacharelado e Licenciatura. Tem experiência em Educação Não-Formal, atuando como monitora na Estação Biologia e em Botânica, em especial, Taxonomia Vegetal, atuando como estagiária no Herbário da Universidade de São Paulo. Trabalhou na Escola Municipal Nakamure Kikue Aiacyda como Inspetora de Alunos e estou libras no Instituto Santa Teresinha. Atualmente é mestranda do Programa de Pós-Graduação em Educação na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Currículo disponível em: http://lattes.cnpq.br/9152450505146614