Nas Ruas, Redes e Roçados: as TICs e a comunicação da Marcha Mundial das Mulheres
Autores
Fabiana de Oliveira Benedito
Universidade Estadual de Campinas
Palavras-chave:
Feminismo, Tecnologias de Informação Comunicação (TICs), Marcha Mundial das Mulheres, Comunicação Popular.
Resumo
Este trabalho pretende investigar as práticas e formulações da Marcha Mundial das Mulheres (MMM) em relação às Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs), a fim de compreender os mecanismos de resistência das mulheres a um modelo de comunicação excludente e machista, tal qual temos no Brasil e na América Latina, e também a uma tendência de perda da criticidade em relação aos limites das TICs. A reflexão proposta neste artigo será realizada a partir de pesquisa bibliográfica. Passadas quase cinco décadas desde que o feminismo, enquanto movimento político, assumiu o projeto de disputar a academia e a política de outro modo – apostando na teoria feminista e na crítica ao androcentrismo – os temas da comunicação e das TICs têm se revelado centrais para refletir sobre conjunto de práticas feministas no Brasil e no mundo. Experiências plurais, difusas e até mesmo contraditórias evidenciam a necessidade de uma compreensão mais abrangente sobre o cenário. Se as feministas mais jovens, influenciadas pelo ciberfeminismo da década de 1990, acusam as feministas “tradicionais” de tecnofóbicas a partir de argumentos válidos, consideramos também que as práticas nas redes assume certo grau de descolamento da mobilização das ruas em determinados momentos.
Biografia do Autor
Fabiana de Oliveira Benedito, Universidade Estadual de Campinas
Mestranda em Divulgação Científica e Cultural, no Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo