A trilha sonora como gênese do processo criativo na obra de Moacir Santos: o tema da fuga de Ganga Zumba

Autores

  • Lucas Zangirolami Bonetti Universidade Estadual de Campinas
  • Claudiney Rodrigues Carrasco Universidade Estadual de Campinas

Resumo

O presente artigo se propõe a discutir os processos de composição utilizados por Moacir Santos (1926-2006) na concepção da introdução da música “Mãe Iracema” a partir da trilha sonora de duas cenas, compostas para o filme Ganga-Zumba (1964), de Carlos Diegues (1940-). Este estudo visa perceber como as referências imagéticas, assimiladas do filme, refletiram em seus processos composicionais, tanto para a própria trilha quanto para a composição resultante desse processo, “Mãe Iracema”, lançada no disco The Maestro, de 1972.

Biografia do Autor

Lucas Zangirolami Bonetti, Universidade Estadual de Campinas

Mestrando em Música pela UNICAMP, estuda a obra composicional de Moacir Santos por meio da analise de trilhas sonoras assinadas pelo mesmo. Tem experiência na área de Artes, com ênfase em Composição, Arranjo, Trilha Sonora, Instrumentação Musical e Práticas Interpretativas. Desenvolveu, em 2009, um projeto de iniciação científica pelo PIBIC, cujo nome é: "A apropriação como homenagem - a citação no processo composicional da Suíte Retratos de Radamés Gnattali" e em 2010 concluiu a monografia de graduação com o tema: "Processos composicionais em Choros & Alegria: A primeira fase de Moacir Santos". Também atuou como instrumentista na Orquestra Jovem Tom Jobim, regida pelo maestro Roberto Sion e na Big Band da Santa, regida pelo maestro Paulo Tiné.

Claudiney Rodrigues Carrasco, Universidade Estadual de Campinas

Possui graduação em Música - Composição pela Universidade Estadual de Campinas (1987), mestrado em Cinema pela Universidade de São Paulo (1993) e doutorado em Cinema pela Universidade de São Paulo (1998). É professor do Departamento de Música da Universidade Estadual de Campinas desde 1989. Atua como compositor de trilhas musicais para teatro, cinema de animação e televisão desde 1985. Tem como área central de pesquisa as trilhas sonoras Atua nos programas de pós-graduação em Música e em Multimeios da UNICAMP (mestrado e doutorado) desde 1999. Desde 2006 coordena o Grupo de Pesquisa em Música Aplicada à Dramaturgia e ao Audiovisual, registrado no CNPq e sediado no Instituto de Artes da UNICAMP. Atua também nas áreas de Música Popular e Tecnologia Aplicada à Música.

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Publicado

2012-10-30

Edição

Seção

Artigos