Código Florestal: o efeito pedagógico como indício do funcionamento do político

Autores

  • Kyene Becker da Silva Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)
  • Angela de Aguiar Araújo Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG)

Resumo

Neste artigo, propõe-se uma análise discursiva partindo da cobertura jornalística do processo de votação do Código Florestal no site G1. Buscou-se compreender como se dá o funcionamento do político, noção que, tal como descreve Orlandi (2003), diz respeito à inscrição na língua do jogo de forças que divide o social nas diversas formações sociais. Percebe-se que, na retomada de uma memória que estabiliza funcionamentos próprios ao discurso jornalístico e ao discurso científico, irrompe uma discursividade sobre a legislação ambiental baseada no imaginário que permite ao sujeito uma enunciação, supostamente neutra e imparcial (MARIANI, 1996; FLORES et al, 2012). Buscando desnaturalizar esse efeito de neutralidade, partimos dos trabalhos de Mariani (1996), Nunes (2013) e Pêcheux (1990), propondo uma problematização acerca do uso de recursos gráficos. Acredita-se que o funcionamento do político incida na forma do efeito pedagógico, a partir de regularidades presentes no discurso jornalístico que se assemelham ao funcionamento do discurso pedagógico.

Biografia do Autor

Kyene Becker da Silva, Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)

Mestranda do programa de pós-graduação em Divulgação Científica e Cultural (Labjor/IEL) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Formada em Jornalismo pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG).

Angela de Aguiar Araújo, Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG)

Professora colaboradora da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Mestre em Memória Social pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio).

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Publicado

2017-05-26

Edição

Seção

Artigos