Fernão de Oliveira e João de Barros: gramáticos portugueses do Renascimento
Resumo
Neste artigo pretendemos realizar uma breve discussão a respeito da relevância das obras dos primeiros gramáticos portugueses do século XVI, Fernão de Oliveira e João de Barros. Apesar do destaque que merecem outros intelectuais portugueses da época, como os ortógrafos Pêro Magalhães de Gândavo e Duarte Nunes de Leão, pelo mérito de suas reflexões, tomamos como foco a obra de Oliveira (publicada em 1536) e a de Barros (publicada em 1540) por serem eles os autores dos primeiros estudos da Língua Portuguesa a serem intitulados "gramáticas" no Portugal renascentista. Justamente por serem os primeiros, suas obras são consideradas audaciosas, apresentando, muitas vezes, contradições, o que não diminui a singularidade e a originalidade de cada uma delas. A sucinta exposição veiculada no presente trabalho nos permite enfatizar a representatividade dessas obras para a instrumentalização da Língua Portuguesa num contexto em que as línguas românicas pleiteavam a sua autonomia em relação ao latim.Downloads
Publicado
2011-01-04
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Artigos