METÁFORAS SOBRE DOENÇA DE ALZHEIMER: NO PENSAMENTO E NO MUNDO SOCIAL

Autores

  • Josie Helen Siman Universidade de Campinas

Resumo

Há dois problemas referentes ao uso de metáforas sobre a Doença de Alzheimer (e outras doenças) que interessam aos pesquisadores: 1) o uso de metáforas nas interações cotidianas com pacientes e 2) o uso de metáforas nas comunicações com a população não-especialista (e.g. comunicações midiáticas). Com relação a ambos, questionam-se os potenciais efeitos (negativos) das predominantes metáforas de violência (e.g. Guerra contra o Alzheimer) sobre as conceptualizações sobre a doença. Semino et al. (2016) propõem uma abordagem que pode ser aplicada ao primeiro problema, mas mais pesquisas precisam ser feitas para tornamos as discussões sobre metáforas e sociedade mais produtivas (cf. VEREZA, 2016). Neste artigo, discutimos alguns dos principais problemas referentes a como as análises de metáforas são feitas e apontamos para a necessidade de um entendimento teórico mais abrangente sobre as relações entre as metáforas e outros construtos cognitivos e sociais, além da necessidade de estudos mais complexos sobre os efeitos de enquadramento metafóricos.

Biografia do Autor

Josie Helen Siman, Universidade de Campinas

Doutoranda em Psicolinguística no Instituto de Estudos da Linguagem (IEL) da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP).

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Publicado

2019-08-26