ACHAR E NÃO SABER: INVESTIGANDO ESTADOS MENTAIS DE 2ª ORDEM E AQUISIÇÃO DE LINGUAGEM

Autores

  • Thuany Figueiredo

Resumo

Abordaremos as discussões em torno da relação entre linguagem e a habilidade cognitiva denominada Teoria da Mente – doravante ToM (PREMACK e WOODRUFF, 1978). Os objetivos principais são: i) pesquisar o papel dos verbos factivos, dos verbos de estados mentais e dos verbos de comunicação para o desenvolvimento da ToM em crianças no processo de aquisição de linguagem, ii) analisar a compreensão de estados mentais de segunda ordem. Com o suporte da Teoria Gerativa, a principal hipótese a ser investigada é a da centralidade do domínio da sintaxe de complementação (DE VILLIERS, 2000; 2005; COULL, LEEKAM e BENNETT, 2006) para o desenvolvimento de uma Teoria da Mente de segunda ordem em crianças adquirindo o português brasileiro. Nos desenvolvimentos recentes da Teoria Gerativa, que adota uma perspectiva cognitiva para a linguagem, o Programa Minimalista de Chomsky trouxe à tona a interação da faculdade da linguagem com os outros sistemas cognitivos e com tudo aquilo que configura a arquitetura da mente/cérebro (CHOMSKY, 1998). É a partir dessa interação e dos pontos de interface que ela gera que é possível promover as discussões propostas sobre aquisição de linguagem e o desenvolvimento da ToM. Trabalhamos com dois estados mentais de segunda ordem: ignorância e crença falsa. Metodologicamente, gravamos em vídeo três tipos de tarefas baseadas nas propostas de Sullivan, Zaitchik e Tager-Flusberg (1994), que modificam a tarefa clássica de segunda ordem, originalmente elaborada em Perner e Wimmer (1985). Acréscimos são feitos com o intuito de facilitar a compreensão das crianças. Serão analisados dados parciais obtidos pela pesquisa de mestrado em andamento, de modo a observarmos se os resultados acompanham aqueles obtidos pelas pesquisas da área.

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Publicado

2018-07-02