REVOLVIMENTO DOS SENTIDOS: A FUNÇÃO DO

Autores

  • Marina Lee Colbachini IEL/Unicamp

Resumo

A força da ficção para pensar o real reside na linguagem. Ao se mostrarem como ficção, Literatura e Jornalismo podem desvencilhar-se da tentativa de mimetizar o real e buscar por novos mundos, novas maneiras de significar o devir, o tempo. Pré-lançada na Festa Literária de Paraty em agosto de 2006, a revista piauí traz, mesmo que indiretamente, uma reflexão sobre as relações e tensões entre Jornalismo e Literatura, Ficção e Realidade. Sua postura garante espaço para o inusitado tanto em termos de forma quanto de conteúdo. Neste artigo abordarei especificamente a questão do esdrúxulo e maneira como o mesmo se apresenta reiteradamente na revista. A proposta é trabalhar como o cartógrafo, cujo desenho “acompanha e se faz ao mesmo tempo que os movimentos de transformação da paisagem” (ROLNIK, 1989, p. 15). O objeto, isto é, o esdrúxulo na piauí, agora passa a ser chamado de paisagem.

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