Marcial/praeceptor amoris: aproximações intertextuais entre a elegia erotodidática ovidiana e os epigramas 2. 41, 11. 104 e 1.34

Autores

  • Cecilia Marcela Ugartemendía Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo.

Palavras-chave:

Marcial. Ovídio. Praeceptor amoris. Intertextualidade. Epigrama erotodidático.

Resumo

O objetivo deste artigo é analisar os epigramas 2. 41, 11. 104 e 1. 34, de Marcial, em  relação a seus intertextos pertencentes aos Amores, à Ars amatoria e à Remedia Amoris de Ovídio. Nestes três epigramas, revela-se um ego poético que emula o praeceptor amoris. Todavia, ao estar regido pelo código epigramático, há transformações da matéria elegíaca. Inserida em função do contexto do epigrama escóptico, a puella – objeto de desejo na elegia – torna-se objeto de invectiva e sua figura e comportamento servem para atingir a pointe epigramática. Por meio da análise intertextual dos poemas, procura-se demonstrar que a presença do intertexto ovidiano na obra de Marcial vai além de ecos linguísticos e repetições léxicas verbatim, uma vez que oferece também uma matéria a ser tratada e um modelo para a configuração de seu ego poético como praeceptor.

Biografia do Autor

Cecilia Marcela Ugartemendía, Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo.

Mestranda do programa de Pós-graduação em Letras Clássicas do Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo e bolsista FAPESP (processo 2014/05067-9)

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Publicado

2017-05-10

Edição

Seção

Artigos