Uma interpretação do Tweet do humorista Fábio Porchat

(não) há limites para a liberdade de expressão?

Autores

  • Marina Bitencourt dos Santos Universidade Estadual de Campinas
  • Lavínia de Carvalho Moraes Universidade Estadual de Campinas
  • Iânes Sthefany Marques Maia Universidade Estadual de Campinas
  • Heitor Augusto Penha Guimarães Universidade Estadual de Campinas

Resumo

Este artigo propõe-se a discutir, sob a ótica da Hermenêutica, um tweet postado pelo humorista Fábio Porchat, a partir de alguns conceitos dos teóricos Friedrich Schleiermacher e Umberto Eco e também de um aporte legislativo. O estudo emprega o Círculo Hermenêutico de Schleiermacher para compreender o contexto do tweet bem como os demais discursos que o envolvem  e discute conceitos de Eco, como a superinterpretação, intenção do autor e leitor modelo. Em seu discurso, Porchat defende o comediante Leo Lins em um post de maio de 2023, alegando restrição à liberdade de expressão dentro do âmbito da comédia após o show de Stand Up de seu colega de trabalho ter sua circulação proibida na internet por conter conteúdo discriminatório, mais especificamente falas racistas e corroboram com a cultura do racismo recreativo. O artigo também analisa a retratação de Porchat, destacando contradições entre sua fala e a intenção do texto e colocando em pauta a discussão sobre as suas manifestações que violam os direitos de grupos minorizados. Palavras-chave: humor, liberdade de expressão, tweet, comediante, interpretação, hermenêutica.

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Publicado

2024-08-05