Movimento Antivacina: A memória funcionando no/pelo (per)curso dos sentidos e dos sujeitos na sociedade e-urbana

Autores

  • Natiely Rallo Shimizu Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)

Palavras-chave:

Movimento antivacina, revolta da vacina, memória discursiva, e-urbano

Resumo

A proposta deste trabalho é com base no método teórico-científico da Análise de Discurso (A.D.) de linha francesa, produzir gestos de interpretação sobre o Movimento Antivacina no Facebook a partir do acontecimento histórico da Revolta da Vacina de 1904. O intuito é observar através das regularidades, as reminiscências e reverberações de um fato antigo sobre o recente, identificando não só o que do passado permanece, mas também, o que do presente se desloca e se ressignifica. Essa reflexão sustenta-se sobre os conceitos teóricos de memória discursiva (PÊCHEUX, 2015b); (ORLANADI, 2002) e a noção de acontecimento (PÊCHEUX, 2015a). Outra questão que se impõe, é desenvolver proposições acerca da contemporaneidade dos movimentos sociais em rede - lugar no qual se inscreve o Movimento Antivacina - abordando suas características e configurações em uma perspectiva sociológica (CASTELLS, 2017) e discursiva. No que tange esta segunda abordagem torna-se basilar pensar a cidade enquanto meio material indissociável ao sujeito e ao corpo social, significando e sendo significada por eles/neles. (ORLANDI, 2004) Ademais, o sujeito contemporâneo está imerso no espaço digital e estabelece, assim, novas formas de se relacionar com o outro e o mundo. Isso tem efeito sobre suas práticas e consequentemente, sobre o urbano. Nesse sentido, urge pensar esse novo espaço chamado e-urbano (DIAS, 2011), que nasce da sobreposição do espaço digital e urbano e produz efeito sobre a cidade, o sujeito e a sociedade.

Biografia do Autor

Natiely Rallo Shimizu, Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)

Mestranda em Divulgação Científica e Cultural no Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo - Labjor/IEL

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Publicado

2018-10-22

Edição

Seção

Artigos