Margens do Sujeito no Espaço Urbano

Autores

  • Carolina Padilha Fedatto IEL/Unicamp

Resumo

Minha dissertação tem como foco os modos de significação do sujeito na cidade. Recortei o espaço do cruzamento de ruas, as esquinas, semáforos, calçadas, sarjetas na relação com aqueles que passam e permanecem na rua: pedindo, trabalhando, brincando, divertindo. Ao tomar a materialidade simbólica da cidade, textualização de língua e imagem, como ponto de entrada para compreender as formulações do sujeito no espaço, suas margens no meio da rua, discuto a tensa relação entre a cidade, o urbano e o social. Uma relação que é formulada diferentemente em espaços disciplinares (urbanismo, sociologia, geografia), institucionais (leis, campanhas governamentais, políticas públicas) e no quotidiano da cidade (com sujeitos significando/modificando/habitando o espaço). Para compreender, na ordem própria da cidade, os sentidos de margem textualizados nos cruzamentos, analiso montagens de flagrantes da cidade numa relação com montagens de definições do espaço e dos sujeitos que estão nos entre-meios da urbanidade. A análise dos diferentes modos de circulação do sujeito na cidade – seus sentidos textualizados em enunciados de jornal, leis e campanhas, fotografias do quotidiano nas ruas, dicionários – me fez compreender que o sujeito, com sua presença, sua permanência: insistência, repetição, constrói formas de resistir ao imaginário da fragmentação.

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Publicado

2010-01-26

Edição

Seção

Artigos