Olegário Mariano: o clichê nacionalista e a invenção das cigarras

Autores

  • Pedro Marques IEL/Unicamp

Resumo

Primeira parte: a introdução da tese (“Chegando o ouvido”) propicia, a partir da fortuna critica do poeta, uma tomada aérea dos assuntos e juízos que serão aprofundados ou refutados. O segundo capítulo (“Nacionalismo sim”) avalia a poesia de Olegário Mariano na maior balança da literatura brasileira. Experimenta considerá-la subsumida na tradição nacionalista que tem ocupado nosso pensamento literário e não apenas ele. No fechamento desta seção (“Modernismo não?”), discuto Canto da Minha Terra (1927), volume que revela as apropriações de Olegário da cor local modernista. Segunda parte: o capítulo inicial (“Anacreonte redivivo”) detecta a entrada de Olegário numa linhagem de poesia lírica anacreôntica, supostamente inaugurada pelo Anacreonte histórico (séc. VI a.C.). Em seguida, o capítulo mais extenso do trabalho (“Destrinchando o poema”) examina os artefatos (em geral sonetos) que compõem “a grande máquina”, o poema indivisível que, a meu ver, configura Últimas Cigarras (1915). Por último, “Olegário feito fábula” é uma coda ao trabalho. Visa a ilustrar os reflexos literários de Últimas Cigarras em outros poetas. Terceira parte: organização e apresentação de fontes primárias. O leitor terá à disposição reportagens, depoimentos de Olegário Mariano, textos críticos sobre o poeta e, por fim, uma iconografia.

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Publicado

2010-01-26

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Artigos