DYONELIO MACHADO E AS ALEGORIAS DA HISTÓRIA: A (RE)SIGNIFICAÇÃO DO PASSADO E A ARTE COMO EXPRESSÃO CRÍTICA.

Autores

  • Fernando Simplício dos Santos Unicamp

Resumo

O presente trabalho traz algumas considerações a respeito dos romances Deuses Econômicos (1966), Sol Subterrâneo (1981) e Prodígios (1980), de Dyonelio Machado (1895-1985), interpretando-os, especialmente, a partir de uma alegorização do Brasil contemporâneo. Nesse sentido, valoriza-se uma crítica que, estando direcionada diretamente ao Principado de Nero (54-68 d.C), questiona de maneira figurada a política da Era Vargas (1930-1945/1950-1954) e da Ditadura Militar (1964-84). De tal modo, constata-se uma refiguração estética que alude tanto ao contexto em que as três narrativas foram compostas, quanto ao das contradições do Imperium Romanum. Além de examinarem a origem de regimes autoritários, tais peculiaridades traduzem uma expressividade simbólica que é capaz de, por exemplo, re-sistematizar a figura do intelectual em meio às divergências do poder, abrangendo desde a trajetória de Jesus e do apóstolo Paulo até a de outros homens perseguidos por ditaduras modernas.

Biografia do Autor

Fernando Simplício dos Santos, Unicamp

Fernando Simplício dos Santos é doutorando do curso de pós-graduação em Teoria e História Literária (Unicamp).

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Publicado

2010-05-06