NEM TUDO VALE: UM ESTUDO DA TEORIA DA COOPERAÇÃO INTERPRETATIVA E DOS LIMITES DA INTERPRETAÇÃO DO TEXTO LITERÁRIO

Autores

  • Antonio Barros de Brito Junior IEL/UNICAMP

Resumo

Este artigo aborda a questão da cooperação interpretativa e dos limites da interpretação do texto literário. Partindo da leitura das obras teóricas de Umberto Eco, para quem os limites da interpretação se dão pela forma, na sua imanência, que cria um campo mais ou menos estável de respostas interpretativas aceitáveis, tentaremos mostrar que as concepções de Eco são insuficientes para lidar com a abundância semântica promovida pelo texto. Então, recorreremos à fenomenologia para explicar como se dá o trabalho de interpretação, do ponto de vista do contato do leitor com a forma. Por último, abordaremos os corolários éticos oriundos da abordagem fenomenológica, concluindo que a intersubjetividade reclamada por Eco dá-se, na verdade, no plano cooperativo com a identidade do texto e com o outro.

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