IRMANDADE HISTÓRICA: O MITO EM "JOSÉ E SEUS IRMÃOS"

Autores

  • Luana Signorelli Faria da Costa Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)

Resumo

Analisa-se a tetralogia "José e seus irmãos" (2000) de Thomas Mann, baseada em Gn:27-50, investigando a presença do mito. O romance representa uma história de poder e reflete a condição da Alemanha de sua época: a transição da República de Weimar (1918-1933) para o nazismo. O objetivo principal será considerar a sua base mítica. Primeiramente, utiliza-se "Thomas Mann" (1994) de Anatol Rosenfeld e Otto Maria Carpeaux como fortuna crítica sobre o autor. LaCocque (2001) também é uma referência importante. Dos principais mitos que se pretende estudar, há José como Tammuz, deus egípcio despedaçado e depois ressuscitado; os irmãos como Lamech, personagem do Gênesis, descendente direto de Caim, o qual incorpora todo o mal; e outros mitos como Tikun Olan (conceito judaico); Thot (deus egípcio das letras), e Etura (termo egípcio para inferno). Além disso, será essencial o emprego do texto “Freud e o futuro”, do próprio Thomas Mann, no qual o autor conceitua o mito. Como bibliografia secundária, pesquisam-se: "A arte da narrativa bíblica" (2007), de Robert Alter; "Linguagem e mito" (2013), de Ernst Cassirer; "Thomas Mann e a tragédia da arte moderna" (1965), de György Lukács, entre outros. A tese consiste em verificar o mito em José e seus irmãos e como ele se insere no tempo em que foi concebido, isto é, durante um período entre guerras, o início do nazismo, a República de Weimar e a Grande Depressão americana.

Biografia do Autor

Luana Signorelli Faria da Costa, Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)

Formada em Letras - Português, bacharelado e licenciatura, pela Universidade de Brasília em 2010. Mestra em Literatura e Práticas Sociais pela Universidade de Brasília em 2014. Doutoranda em Teoria e História Literária pela Unicamp, com ingresso em 2017.

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Publicado

2018-06-26